Bresil Pro

Audaz, revel, vivaz.
Dançando com o caos, namorando com a paz.

Favorite films

  • Hiroshima Mon Amour
  • Opera
  • The Color of Pomegranates
  • Rio, Northern Zone

All
  • Movie Dementia

    ★★★★★

  • Picnic on the Grass

    ★★★★★

  • Rififi

    ★★★★★

  • Vagabond

    ★★★★★

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Movie Dementia

1986

★★★★★ Liked Watched

A experiência de assistir a Filme Demência não se inscreve na tradição da cinefilia canônica nem na estruturação dramática da narrativa clássica. Trata-se de um dispositivo instável de colapsos e ressurgências, em que o corpo do cinema é exposto como matéria vibrátil, contaminada, autofágica. Reichenbach não dirige. Ele implode. O filme não conta uma história. Ele contamina a retina.

Não se pode entender Filme Demência senão como a encarnação anárquica da falência estética do cinema como representação coesa. Cada plano…

Picnic on the Grass

1959

★★★★★ Liked Watched

O último suspiro da racionalidade moderna se dá ao ar livre, entre as oliveiras. Picnic on the Grass é uma farsa pastoral sobre a falência das utopias tecnocientíficas e a impotência da razão quando confrontada com o real biológico do corpo. Renoir filma com a serenidade de quem compreendeu que o Iluminismo falhou, mas que isso, por si só, não é tragédia. É comédia. A alta cultura europeia, encarnada na figura do cientista prestes a se tornar presidente de uma…

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Mulholland Drive

2001

★★★★★ Liked Watched

Assistir a Cidade dos Sonhos é submeter-se a uma experiência liminar que dilacera as estruturas narrativas convencionais, instaurando uma vertigem ontológica que nos obriga a reconfigurar, incessantemente, os próprios alicerces de percepção da realidade, da identidade e do desejo. A obra de David Lynch não apenas desafia as categorias do cinema enquanto linguagem, mas reconfigura o espectador como um sujeito descentrado, arrastado por forças inconscientes e espectrais que transgridem a linearidade causal, reintroduzindo o onírico como vetor de verdade.

Lynch,…

Hiroshima Mon Amour

1959

★★★★★ Liked Watched

O cinema moderno nasce em ruínas. Em Hiroshima mon amour, Alain Resnais funda um novo regime da imagem não pela inovação técnica, mas pela destruição das formas possíveis de continuidade histórica. O tempo, aqui, não é sequência. É implosão. A memória não é evocação. É catástrofe. A experiência não se organiza em narrativa. Ela se propaga em fragmentos.

A estrutura do filme rejeita a cronologia como dispositivo de sentido. O presente não serve como âncora. O ado não retorna como…

2.5K